Abro um novo espaço em meu Blog, para falar que existe gente boa pensando em nosso povo tão sofrido, para lutarmos por uma Sampa mais humana e sem preconceitos.
Veja mais um trabalho deste competente vereador da cidade de São Paulo, que vem se destacando num trabalho digno, honesto na Câmara Municipal de São Paulo.
Criador da frase famosa, “Dê mais que esmola, dê futuro“
quando foi secretário e hoje é vereador desta metrópole chamada São Paulo.
Parabéns e veja abaixo sua iniciativa,
Educação Inclusiva: boas práticas e novos caminhos em São Paulo
A escolarização e o tratamento dado ao cidadão brasileiro com deficiência ainda estão distantes de garantir o exercício da cidadania plena e do respeito aos direitos individuais. Segundo dados do IBGE, há no Brasil 24,5 milhões de cidadãos com algum tipo de deficiência (14,5% da população nacional). Por si só, esses números tão expressivos deveriam garantir o destaque das ações inclusivas nas políticas públicas. No entanto, esta não é a realidade.
O cotidiano desses cidadãos é cercado por grandes desafios. A afirmação é tão batida que soa até como um clichê. Mas é minimamente vergonhoso que assim o pareça, pois isso reflete a letargia no enfrentamento da questão. Ações fragmentadas e melhorias pontuais – práxis na gestão pública – não têm fôlego para enfrentar a complexidade do tema, que não se resume apenas à inserção de minorias e adaptações físicas nas cidades, mas a uma série de novas concepções e aplicações práticas que precisam ser desenvolvidas em sincronia, simultaneamente. É imperativo ir além e garantir que a sociedade esteja preparada para reconhecer, considerar, respeitar e valorizar toda a diversidade humana.
Esse é o foco quando a inclusão é pensada em São Paulo. No 14 de abril, a cidade celebra o Dia Municipal de Luta pela Educação Inclusiva. Mais que um dia no calendário oficial dos festejos municipais, a data leva à reflexão sobre os caminhos que queremos trilhar nessa seara e realçar as ações bem sucedidas já implantadas.
É nesse contexto que se destaca o pioneiro Programa Inclui, da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. A iniciativa compila sete projetos que, juntos, formam uma grande rede de apoio aos alunos que apresentam deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/ superdotação. O objetivo é oferecer suporte e apoio ao aluno, a escola e a família.
Os ajustes – e é claro que o Inclui os têm – vêm sendo feitos paulatinamente, diante das dificuldades encontradas. Por ser um programa tão completo, pretendo transformá-lo em Lei e garantir sua perenidade.
É imprescindível que as escolas considerem em sua organização pedagógica as diferenças entre os alunos, contribuindo para a superação de preconceitos, a valorização das diversidades e a construção de uma sociedade mais equânime. Assim, é notória a estrita relação entre educação inclusiva e melhora na qualidade do ensino; escola inclusiva é aquela capaz de receber e educar com qualidade todos que a procuram, sem distinção.
É fundamental para uma sociedade que se quer incluída que possamos pensar a educação como a sua base. Nossa meta é ter uma cidade incluída. Se a cidade não for para todos, ela não será para ninguém.
Floriano Pesaro, sociólogo, vereador e autor da Lei 15.034, que instituiu o Dia Municipal de Luta pela Educação Inclusiva na cidade de São Paulo.