Opinião,
Eng.Urbano Vagner Landi,
Não só no bairro do Tatuapé , como publicado em matéria – Link abaixo ,mas em toda nossa capital , o descaso do poder público em relação a nossas praças e pequenas áreas verdes nos bairros são vistos por todos e nada se faz há varias administrações municipais.
Praças no Tatuapé,

Praça Silvio Romero
As praças do nosso bairro precisam de zeladoria e mais atenção por parte do poder público, respeito ao verde, acessibilidade para pessoas de mobilidade reduzida, limpeza permanente.
Um grande problema que vemos na maioria das praças de nosso bairro,são deformações no pavimento causando quedas de pedestres e falta de iluminação baixa ou alta,tornando esses espaços públicos como problemas e não lazer.
As áreas verdes poderiam ser melhor protegidas com gradius baixos para que transeuntes não cortem caminho danificando assim a vegetação rasteira.
A drenagem urbana em nosso bairro causa problemas de inundações em diversas áreas , devido à falta de calçadas drenantes e áreas internas dos imóveis e estacionamentos que não atendem as normas da legislação vigente de uso e ocupação do solo.
Muitas praças apresentam área permeável menor que a área impermeável,que se opõe às características de uma praça onde deveria-se prevalecer o verde.
Damos como exemplo a Praça Santa Terezinha em área nobre do bairro onde a área impermeável sobrepõe em 75% a permeável, um absurdo.
Pça Sta Terezinha
As praças no Tatuapé já merecem há tempo uma especial atenção por parte da Subprefeitura da Moóca, pois nestes lugares que as pessoas podem apreciar um belo jardim, uma árvore antiga e um pássaro ao ar livre, tudo isso em troca dos impostos que pagamos em favode uma Melhor Qualidade de Vida.
Tenho notado que nos últimos anos nada se tem feito em relação às áreas verdes em nosso bairro, principalmente em nossas praças em todos os quesitos citados, contribuindo não apenas em nosso bairro,mas em nossa capital,numa queda na Qualidade de Vida.
Opinião ,Helena Werneck – Arquiteta Urbanista
A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS VERDES NO PADRÃO ATUAL DAS CIDADES
O final da Idade Média é marcado pelo desenvolvimento das cidades. Estes primeiros aglomerados se distinguiam por alguns aspectos – serem compactos, aglomerarem pessoas e atividades diferentes das desenvolvidas nas áreas rurais tais como o artesanato programado – pré-industrial – e as áreas de serviços, burocracia e educação representados pelas primeiras universidades.
Neste espaço exíguo delimitado por muralhas defensivas e cercado por áreas de agricultura e florestas, não havia espaço para mais áreas verdes – as áreas centrais mais amplas eram imprescindíveis para as rotas de comércio e mercado local – formadores embrionários da economia urbana.
No entanto, no alvorecer do Renascimento e com a denominada Revolução Comercial, o palco das grandes transformações que mudariam a sociedade para o capitalismo do século XVII situa-se nas áreas urbanas – as novas e as mais antigas, por de grandes obras de expansão. Neste sentido os espaços internos das áreas urbanas passam a abrigar obras de arte – fontes, igrejas, pontes e mesmo estradas – mas não áreas verdes.
Após as grandes guerras e a reconstrução tanto da economia quanto das cidades alcança-se a formação dos grandes aglomerados humanos com a mecanização das áreas rurais e industrialização dos alimentos. É nesse quadro que se insere a modificação das características das áreas abertas e públicas nas áreas urbanas.
Nos tempos atuais as áreas livres nas cidades se dividem entre Parques e praças. As praças são espaços menores, localizados em sua maioria mais perto das residências e um complemento natural da diminuição das áreas destinadas às moradias.
Já os parques situam-se em uma escala maior de porte e representam uma importante contribuição ao equilíbrio ambiental representado pelas grandes maças edificadas com escala metropolitana.
Nesta última versão das áreas livres versus áreas ocupadas predominam dois objetivos – a necessidade de permeabilidade e a convivência com as árvores, bosques e sub-bosques até mesmo em uma relação contemplativa.
Em todos os casos citados foram incorporados novos fatores decorrentes da necessidade de participação da população nas ações públicas – a presença de conselhos Gestores que garantem que as áreas preservadas atendam aos interesses da população. Um bom caminho é a elaboração de projetos coletivos de praça.
Segundo Jane Jacobs as ruas e calçadas, são os órgãos vitais de uma cidade, pois é nelas que se dá toda a integração e convivência de uma sociedade, sendo que os principais protagonistas do uso e ocupação das ruas e calçadas são as pessoas.
Ainda segundo ela “Muito mais do que um espaço urbano fechado, recortado por ruas e avenidas, construído com blocos de concreto e lajes de aço… a dominar todas as paisagens, a cidade é… um território de relações no qual cada cidadão/cidadã busca satisfazer suas necessidades e realizar seus quereres. (…) É uma realidade viva, pulsante. Ela é composta e compõe uma rede de fluxos de pessoas, mercadorias, matérias… energias em constante movimento.”
Veja matéria abaixo na Gazeta do Tatuapé,
http://gazetavirtual.com.br/edicoesvirtuais/gt/2085/#7/z
Sobre Helena Werneck.
Helena é minha amiga e faz parte da nossa equipe de arquitetas , com muita experiência na área de Legislação de Uso e Ocupação do Solo e Revitalização Urbana e Planos Diretores , foi nossa professora e temos uma admiração por esta pessoa maravilhosa.
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https://gotaspaulistas.wordpress.com/
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