Acessibilidade Urbana na Cidade de São Paulo , desrespeito do Poder Público-Urban accessibility in São Paulo

Acessibilidade Urbana na Cidade de São Paulo , desrespeito do Poder Público

 

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VagnerOpinião , Eng.Urbano Vagner Landi

A cidade de São Paulo tem 17 mil km lineares de vias , sendo a média das calçadas em largura de 2,30 metros , teremos então considerando os dois lados ímpar e par , 17.000.000 metros x 2,30 metros x 2 = 78.200.000 metros quadrados (m2)

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– Apenas 540.000 m2 são considerados acessíveis, ÍNFIMOS 0,69% ,” nem 1 % ” e a própria prefeitura informa esses dados , então deduzimos que “passa governo e passa governo” , a vergonha continua e o desrespeito aos contribuintes pagadores de impostos é muito grande.

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Segundo a prefeitura de São Paulo, a responsabilidade pela acessibilidade das calçadas também é dos proprietários dos imóveis , pode até ser mas existe uma lei para ser cumprida em relação aos contribuintes em deixar sua calçada sem buracos ou degraus , multando os mesmos , mas deveria existir uma lei em que o contribuinte pudesse ter o ressarcimento da prefeitura se na sua quadra não houver um rebaixamento de guia para cadeirante , faixas de pedestres em perfeito estado e o asfalto nas ruas sem ondulações ou buracos ou outros equipamentos públicos de responsabilidade da prefeitura.

índice

faria-limaPrefeito Faria Lima ( 1966 / 1969 )

 

Sempre comentamos em nosso Blog e sempre elogiamos Faria Lima , que foi o melhor “prefeito visionário” que SP já teve e lembramos que em 1966 o prefeito lançou um concurso que escolheria o melhor desenho  para padronizar as calçadas paulistanas.

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A vencedora foi Mirthes Bernardes, desenhista da Secretaria de Obras do estado.Sua criação foi um desenho geométrico com o formato do estado de São Paulo, que nasceu como ‘resposta’ ao projeto da calçada de Copacabana, que retrata a sinuosidade das montanhas cariocas e das ondas do mar.

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Com apenas três peças: uma preta, uma branca e a última dividida em diagonal, com uma metade de cada cor, Mirthes criou um padrão de repetição infinito, tornando as calçadas na capital acessíveis e rica em paisagem urbana.

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brasc3a3o_da_cidade_de_sc3a3o_paulo-svgSite da Prefeitura informa ,

O poder público assume a responsabilidade de oferecer informações padronizadas e pode até fazer as adaptações necessárias nas calçadas, mas a conta é do dono do imóvel. Apenas as rampas de acesso das calçadas são de responsabilidade das subprefeituras da cidade, de acordo com o site da prefeitura.

Deslocamentos dos pedestres na capital acerca de 30% são realizados a pé , pois para se deslocar de casa até um ponto de ônibus, estações de Metrô / Trens , correndo o risco de levar um belo tombo por estes caminhos tortuosos e/ou desnivelados.

Nas fotos abaixo , tiradas pelo eng.urbano Vagner Landi vemos um idoso em uma calçada acessível em Pescara – Itália e outro idoso em uma calçada na capital paulistana, exemplos de disparidade do desrespeito do Poder Público com o cidadão pagador de impostos.

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logo-camaraCâmara Municipal de São Paulo;

Em 2011, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou uma nova lei sobre calçadas. Esta lei aumentou de 90 cm para 1,20 m o espaço mínimo livre e desimpedido reservado à passagem de pedestres, e determinou a localização –junto ao meio fio– de uma faixa de 75 cm reservada para instalação de lixeiras, árvores e mobiliário urbano.

Folha de São Paulo ;

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À época, aliás, a prefeitura divulgou uma cartilha com orientações sobre a implementação da nova lei. O material está disponível no site da Folha de São Paulo ,

media.folha.uol.com.br/cotidiano/2012/04/09/regras-calcada.pdf

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Lei das calçadas , clique abaixo;

Lei 15.442, de 2011- Lei das Calçadas

Abaixo , entrevista com o eng. Urbano Vagner Landi ;

Publicado em 29 de out de 2014 – PROGRAMA VIA LEGAL – TV CULTURA

https://www.youtube.com/watch?v=DzzMMNU7sLM&list=UUMMJm4lYxEh7GM4loYh6-SQ&index=331

Paraolimpíadas Rio 2016 ;

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Será um evento multe esportivo para atletas com deficiência organizado pelo Comitê Paraolímpico Internacional, a ser realizado no Rio de Janeiro, Brasil, de 7 a 18 de setembro de 2016. É a primeira vez que os Jogos Paraolímpicos serão sediados na América do Sul, o que pode ser útil para abrir os olhos dos nossos políticos em tornar suas atitudes em cumprimentos das leis e exigir desses novos prefeitos que irão ser eleitos para 2017.

Não só São Paulo , mas em todo o Brasil a dificuldade de uma pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida , que para todos entenderem são pessoas idosas, obesas , têm uma dificuldade tremenda em locomover-se nas calçadas e ruas ou em ambientes fechados como restaurantes , lojas , escolas , etc

Quanto aos ambientes da iniciativa privada a maioria já estão equipados com banheiros acessíveis e reservados especiais para atenderem essas pessoas com dimensionamentos e sinalizações de solo e elevadores ou plataformas especiais.

Cabe , sim a prefeitura fiscalizar e exigir de acordo com a lei federal de acessibilidade o cumprimento da lei , mas por outro lado muitos prédios públicos não apresentam as exigências dessa mesma lei , assim como vistos nas áreas públicas externas de responsabilidade das prefeituras locais.

Na foto abaixo , um exemplo de modelo urbano de acessibilidade e mobilidade urbana que sempre citamos em matérias em nosso Blog – Barcelona-Espanha

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Esperamos que em nossa capital paulistana onde trabalho e vivo , assim como todos nós paulistanos que o nosso próximo prefeito cuide de nossa cidade com uma visão humanística e não política e pense no respeito ao cidadão e resgate o prazer de morar em São Paulo.

Veja abaixo,

maragabrilli.com.br

7 dicas para criar cidades para os pedestres

http://www.archdaily.com.br/br/756030/7-dicas-para-criar-cidades-para-os-pedestres

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Sobre engvagnerlandi

Engenheiro Civil , formado Pela Faculdade de Engenharia São Paulo na capital paulistana , Especialista em Uso e Ocupação do Solo , Plano Diretor e Aprovações de Projetos e Licenciamentos na Grande São Paulo. Tem o Urbanismo como convicção , sempre defendendo uma Melhor Qualidade de Vida para os bairros de SAMPA
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