Opinião do Eng. Urb. Vagner Landi

A competição entre as grandes construtoras no Brasil é quem construíra o prédio mais alto , mas ninguém está se preocupando com uma nova Legislação de como combater um incêndio em andares altos.


Na cidade de São Paulo a atual administração tem pessoas no comando que não têm a mínima experiência em Segurança nas Edificações, indicações políticas para favorecer os mais desejáveis e lucrosos.
São Paulo teve seu auge nos anos 80 onde foi criado o CONTRU , pelo saudoso Carlos Alberto Venturelli , ainda bem de saúde esbanjando sua inteligência e sabedoria aos 80 anos ,sendo ainda considerado por muitos engenheiros e arquitetos da velha guarda , funcionários públicos na ativa assim como da iniciativa privada , que viveram o auge dos anos 80.
Naquela época as vistorias em edifícios que fiscalizavam Licenças de Funcionamento tanto na área de Segurança como Acessibilidade , Anotações de responsabilidades técnicas de engenheiros e arquitetos responsáveis pela edificação e o famoso Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros ( AVCB) , Certificados de Manutenção atualizados. Hoje tudo passado batido aos olhos de uma fiscalização Pífia , pois desestabilizaram as Subprefeituras a partir das gestões de Bruno Covas / Dória / Ricardo Nunes.
A atual secretária da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento não delega poderes ao Contru e outros departamentos da sua pasta , por falta de experiência e tato com os funcionários que na maioria não aprovam sua gestão.
Engenheiros e arquitetos da iniciativa privada que regem os projetos na cidade de São Paulo , estão impedidos de entrarem no Edifício Martinelli por ordem dessa secretária numa Circular que apenas será permitido a entrada se houver Comunique-se ou Indeferimento do processo em questão que está sendo analisado………. só que essa primeira análise demora mais de um ano na maioria das vezes.
O atual prefeito parece que não enxerga essa situação juntamente com o Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, esperando acontecer tragédias em São Paulo para acordarem para a real.
O foco dessa matéria é a preocupação de nós técnicos da área e experientes pela idade em ter acompanhado a melhor época da administração pública da capital paulistana nos anos 80, onde as Subprefeituras ( SAR ) eram atuantes em conjunto com a Secretaria DE Habitação ( SEHAB) na fiscalização de edifícios , Shoppings e outros , protegendo as edificações de catástrofes todas ligadas ao efeito segurança na edificações.
Focando nesses grandes edifícios tanto comerciais como Habitações ( HIS ) , que recebem um número muito grande de habitantes ou trabalhadores durante o dia no trabalho ou em suas moradias , mas ninguém está preocupado em criar uma nova legislação no âmbito principal que é a Segurança na Edificações e a rigidez nas análises da Licenças de Funcionamento que hoje são tiradas por Contadores e Despachantes com informações falsas em requerimentos enviados via Internet e a Licença é expedida na hora sem fiscalização dos funcionários das Subprefeituras que também não fiscalizam uma por uma….. situação está lamentável , pois a atual administração pública estão tratando nós engenheiros e arquitetos como uns “bostas”.
Impedir a entrada de engenheiros e arquitetos em SMUL é o mesmo que impedir um advogado de entrar num Fórum ….. UMA VERGONHA !!!
Voltando ao foco de grandes incêndios em prédios de alturas acima de 150 metros que estão sendo disputados como um jogo entre construtoras, ninguém está preocupado se houver um incêndio nos altos desse edifício como que o corpo de bombeiros irá apagar esse incêndio, como que as pessoas vão fugir desse sinistro para se salvarem , por elevadores normais , pois não há na legislação a obrigação de ter um elevador exclusivo para segurança dos moradores ou ocupantes do edifício com geradores próprios capsulados antifogo para fugas.
Outro fator importante é o Efeito Lente , pois os raios de sol refletem no edifício podendo criar no reflexo ao objeto combustível dentro ou fora do edifício , como já acontecido num edifício concavo de vidro em Londres ( 20 Fenchurch Street , conhecido como Walkie Talkie ), que criou um ponto de concentração de raios solares, chegando até a incendiar carros estacionados nas ruas e arredores, além do brilho excessivo causado.
Países Europeus e nos Estados Unidos , edifícios altos , legislações estão sendo estudadas com atenção significativa no âmbito Segurança das Edificações ,exigindo a segurança de um grande número de pessoas que percorrem grande distância vertical em escadas para evacuar o edifício, nas rotas de fuga.
Em São Paulo que nos anos 80 foi exemplo em sua Legislação de Segurança para todo o Brasil inclusive de conhecimento internacional, mas parece que retrocedemos pois grandes cargos em pastas públicas ( Secretarias ) são indicações apadrinhadas de pessoas que não condizem com o interesse da população para uma Melhor Qualidade de Vida e Proteção , e não enxergam o que pode acontecer em próximas tragédias , mas preferem acontecer primeiro para tomarem as providências pois ninguém sai como culpado.
Eu defendo se há falhas numa administração por comentários externos e comentários internos dentro do poder público, tem que haver a troca de cargos por quem é da área ou por funcionários de carreira com larga experiência ou técnicos da iniciativa privada, pois atualmente estamos numa fase de uma administração pública no âmbito de Planejamento Urbano, Subprefeituras de bairros e segurança da população, pífias na opinião da população bem esclarecida.
Veja abaixo a história do Walkie Talkie em Londres
O edifício no endereço 20 Fenchurch Street, em Londres, ganhou o apelido de “Walkie Talkie” porque seu formato lembra aqueles rádios portáteis antigos ( walkie-talkies).





A parte de cima do prédio é mais larga do que a base, criando uma silhueta curva e incomum.
Essa aparência fez com que londrinos e visitantes passassem a chamá-lo de “Walkie Talkie Building” de forma espontânea, e o nome acabou pegando.
Foi inaugurado em 2014, projetado pelo arquiteto Rafael Viñoly e no topo, fica o famoso Sky Garden, um jardim público com vista panorâmica de Londres.
Nos primeiros anos, o prédio também ficou famoso porque a fachada de vidro curvada refletia o sol com tanta intensidade que chegou a derreter partes de carros estacionados na rua — o que rendeu a ele um outro apelido temporário: “Walkie-Scorchie” (O Walkie que queima).






A solução foi instalar Brises (quebra-sóis) no edifício para resolver o problema.
ABAIXO MATÉRIAS DE ANOS ANTERIORES SOBRE O TEMA EM NOSSO BLOG,
Entrevista na época com Carlos Alberto Venturelli com Jô Soares,
SE GOSTOU DA MATÉRIA DEIXE SEU COMENTÁRIO QUE O MESMO SERÁ RESPONDIDO E PUBLICADO
MUITO OBRIGADO !!!
Pingback: Licenças de Funcionamento em São Paulo | Engº Vagner Landi – Blog Urban Policy and Quality of Life
Recebi esse comentário de duas pessoas extremamente importantes para São Paulo , do saudoso Carlos Alberto Venturelli ( 80 anos )e de seu filho Mauricio Venturelli ( 52 anos ) , engenheiros de Segurança e fiquei extremamente agradecido
Carlos Alberto Venturelli e Mauricio Venturelli;
– Quero parabenizar pela matéria muito bem elaborada, feita por quem realmente entende do assunto.
Foram levantados pontos de extrema importância que devem ser matéria de discussão entre os engenheiros e arquitetos visando maior segurança a todos.
Me surpreende saber que a Prefeitura, na figura do CONTRU, não atende aos engenheiros e arquitetos que buscam informações para melhor embasamento nos seus projetos ou mesmo para se discutir um anteprojeto.
Por quê o atendimento é feito somente no momento do comunique-se? Não caberia uma orientação para evitar o comunique-se?
No caso de um sinistro, quem responderá por isso? Quem responderá por uma tragédia ocasionada por um sistema ineficaz?
Ressaltando que o sinistro não marca hora, dia, nem local para acontecer.
Impedir um engenheiro ou arquiteto de dialogar com um técnico da Prefeitura, não permitindo sua entrada em um prédio público é o mesmo que impedir um advogado em entrar em um Fórum.
Estamos na eminência de grandes tragédias e o Poder Público é o grande responsável em evitá-las.
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