Moradores da Subprefeitura Moóca discutem implantação de ZEIS na região

Opinião Eng.Vagner Landi

Em nosso Blog defendemos a Política Urbana e a Qualidade de Vida para todas as classes sociais que moram na capital paulistana , sempre voltado para a melhor forma de se viver e não podemos , mais , admitir pessoas morando em barracos paupérrimos sem saúde , educação e moradia digna.

Muitas ZEIS – ZONAS DE INTERESSE SOCIAL , foram remarcadas no mapa genérico da capital paulistana de maneira errônea ,dando a impressão que entraram no Google Maps e delimitaram estas zonas sem conhecer de fato onde ficam certas áreas e o histórico foi deixado de lado.

Como podemos admitir que uma área consolidada há muitos anos com edifícios de alto padrão , residências e comércios que geram muitos empregos nos perímetros que fecham as quadras da Rua Tijuco Preto x Rua Visconde de Itaboraí x Rua Pe Estevao Pernet x Rua Fernandes Pinheiro x Rua Platina x Pça Sta Terezinha x Av. Azevedo x Rua Pe Estevao Pernet x Rua Serra de Japi x Rua Tijuco Preto e mais parte da Rua Pe Estevão Pernet com Rua Airi , poderão um dia ser desapropriadas para implantação de habitações populares para colocação de classes trabalhadoras de baixa renda trocando por classes trabalhadoras de renda maior e proprietários destes imóveis para longe de onde se criaram e sustentam até hoje suas propriedades , frutos de esforços de uma herança familiar tradicional nos bairros não só do Tatuapé , como da Moóca , Belém e Parque São Jorge …não tem cabimento.

Existem na região muitas áreas subutilizadas próximo as marginais que podem oferecer espaços para implantação destas habitações populares que poderiam se encaixar perfeitamente neste plano.

Muitas vezes somos interpretados por estas pessoas que defendem movimentos de moradias populares de maneira ofensiva e maliciosa ,provocando o conflito oral , para o famoso bate boca , mas somos conscientes que também queremos o de melhor para nossos amigos que são nossos empregados em nossa empresa, dentro da nossa casa como geradores de empregos , mas a coerência e a educação  está em primeiro lugar , pois somos filhos de berços tradicionais que lutaram para conseguir suas propriedades, pois é a tradição destes bairros descendentes de italianos, portugueses ,espanhóis e japoneses na maioria, responsáveis pelo sucesso destes bairros valorizados na capital paulistana.

Audiências Públicas e ZEIS na Região da Subprefeitura da Moóca.

Uma boa parte das pessoas presentes nas audiências públicas que discutiram o Plano diretor e mesmo nas oficinas preliminares da Lei de Zoneamento conhecem a região Leste. Ela é resultado do processo de industrialização que tornou São Paulo aquilo que ele é hoje e a zona leste foi povoada pelos imigrantes que formaram as residências ao lado das fábricas. Com o crescimento da cidade, principalmente a área mais antiga sofreu com o processo de mudanças pelas quais passou a cidade, mas uma coisa não mudou – o Tatuapé e a Móoca continuou sendo a região dos descendentes daqueles primeiros trabalhadores industriais,

Fotos na sequencia de parte da área onde estão demarcadas as ZEIS no Tatuapé

Tais coisas tem que ser ditas porque o conceito de ZEIS -3 gravado nesta região alude às áreas degradadas historicamente e mais precisamente nas áreas mais próximas do Parque Dom Pedro. Não faz sentido classificar a região do Tatuapé como ZEIS-3 pois seria trocar uma classe trabalhadora que permanece por uma outra que ainda vai chegar e entregar o território do bairro ao capital imobiliário que deverá se encarregar destes empreendimentos.

III – ZEIS 3 são áreas com ocorrência de imóveis ociosos, subutilizados, não utilizados, encortiçados ou deteriorados localizados em regiões dotadas de serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas, boa oferta de empregos, onde haja interesse público ou privado em promover Empreendimentos de Habitação de Interesse Social;

V – ZEIS 5 são lotes ou conjunto de lotes, preferencialmente vazios ou subutilizados, situados em áreas dotadas de serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas, onde haja interesse privado em produzir empreendimentos habitacionais de mercado popular e de interesse social.

Veja abaixo participação do atuante engenheiro que se preocupa muito com o urbanismo na cidade de São Paulo , em estaque no site da Câmara Municipal de São Paulo,

Veja vídeo abaixo, com entrevista da TV Câmara com o engenheiro,

http://www.camara.sp.gov.br/zoneamento/audiencia-publica/mooca-1308/

Clique no Áudio abaixo,

O vereador Paulo Frange ressaltou muito bem como exemplo na região da cidade de Madri – Espanha , que Habitação Popular é construída pelo poder público para alugar por um preço bem acessível para a população de baixa renda , para dar chance de moradia digna,mas que os ocupantes não fiquem preso a um contrato que dentro de 20,30 ou mais anos não possam vender , mas que paguem um aluguel e quando puderem mudar-se para um lugar melhor ou não , possam sair e dar lugar para outro ou ter opção de compra com juros reduzidos.

Na atual política de contrato entre poder público e morador , o mesmo não pode vender por muitos anos até que termine de pagar , então fazem contratos de gaveta e passam o imóvel para outra pessoa e voltal a morar em barracos novamente.

Veja abaixo matéria de hoje no site da Câmara Municipal de SP,

http://www.camara.sp.gov.br/blog/moradores-da-mooca-discutem-implantacao-de-zeis-na-regiao/

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